‘Toda poesia’ mostra a força e a fraqueza de Paulo Leminski
Por:
Tácito Costa
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O primeiro embate
Na mosca, poeta Lívio.
Gosto muito de Augusto, gosto de Paulo. Mas tenho uma ligação forte com worst-sellers: Cruz e Souza, Sousândrade, Vladimir Carvalho.
Um dos poemas que mais demonstram o poder de síntese de Leminski: “cinco bares, dez conhaques/atravesso são paulo/dormindo dentro/de um táxi”. Esse poema é um filme inteiro em pouquíssimas palavras. São Paulo inteirinha coube nesse táxi pequeno e apertadinho do poeta polacuritibano. Rapá, menina, melhor andar no táxi de Leminski que se perder no bonde da história e da poesia. Cinco bares, mil Leminskis…
Eu acho que o bigodão de Leminski eram asas ao contrário.
Meus dois best-sellers preferidos na História da Poesia brasileira: o paraibano Augusto dos Anjos e o paranaense Paulo Leminski. Que acham, Lívio e Marcos Silva?
No próximo cafezinho, grande Jarbas, surgirei.
Poeta Lívio, anteontem , esperamos, no Café da Cooperativa da UFRN, muito por você e Nelson Patriota, Estávamos lá: eu,Wandyr, Giovanni Rodrigues e Alex de Souza (que veio especialmente de João Pessoa para conhecer
esse novo espaço cultural de Natal). Até o Tácito Costa apareceu por lá.O êxito dessa iniciativa cultural se deve ao presidente José Willington Germano, que deu todo o apoio à instalação, ali, de um Café moderno, decente, e com toda garantia da liberdade de expressão. Abordamos temas variados, que iam da Teoria da Complexidade de Edgar Morin às glosas fesceninas de Moysés Sesiom.Vez em quando,uma leitura de um trecho de “As Pelejas de Ojuara”, de Nei Leandro. Beleza de tarde.Eu tinha que dar aulas às 16,45 e ainda ficaram por lá Alex, Giovanni e Wandyr, discutindo questões pertinentes à política cultural no governo de Rosalba..A gestão de Willington Germano. está sendo cada vez mais elogiada.E marca uma nova era na história da Cooperativa. E viva a Primavera Germânica.
Mestre e amigo Jarbas, estive hojeontem lá na Cooperativa do Campus, a mais bela cidade do RN. Encontrei o nosso amigo Wandyr Villar, que me presenteou com a nova edição da Azymuth, “Sombras”, de Américo Macêdo. Sentou-se à mesa do cafezinho conosco o poeta popular Paulo Varela, que declamou versos do Sertão. Lemos um pouco do livro de Américo Macêdo, em voz alta, mas moderada. Acho que não incomodamos os transeuntes e leitores ocasionais. Esperei por você, todos esperamos. Você não surgiu.
Lácio, Polônia, Japão: bandido bem preparado para crimes poéticos. Com molho de Portugal/Brasil.
Será que depois do louco do Leminski, um bandido que falava latim melhor do que o papa Francisco, e foi poeta concreto, antes dos irmãos zaroldos, não tem outro poeta louco, mais fascinante que o baiano Wally Salomão, que era amigo de Leminski?
Eu sou o pirata da perna de Paulo.
Alice e Celina, considero a crítica parte do jogo, a melhor resposta a crítica infundadas é uma argumentação superior.
Leminski escreveu poemas melhores e menores – quem não o fez, até os incomensuráveis Fernando Pessoa e Arthur Rimbaud, para ficar em dois exemplos?
A proposta de Lívio é boa, falta discutir mais esse povo. Penso que Leminski faz parte de um núcleo de poetas brasileiro na passagem do século XX para o XXI, com presença na midia (Antonio Cicero, Arnaldo Antunes), o que não é propriamente defeito, pode abrigar conquistas importantes.
Defendo o debate sobre diferentes núcleos poéticos, dos midiáticos aos clássicos, passando pelos visuais. A exclusividade monopolista é própria dos militantes de cada grupo. Nós outros devemos mais é piratear tudo.
Achei o texto equilibrado, amiga Cellina. É claro que vislumbrei um pouco de invejinha. Mas, inveja há sempre de pintar por aí, não é? Agora, volto a perguntar: será que não há uma sala de aula ou um botequim de Natal onde possamos debater a poética de Leminski? Proponho uma mesa redonda, triangular…o que for! Menos “quadrada”, é claro! O que dizem, professores meus, professores mil???
Eu acho esse muito massa: RAZÃO DE SER –
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
( Paulo Leminski )
*
E “haja hoje para tanto ontem” !
Sinceramente, cada vez tenho menos paciência com esse tom eloquente de certos resenhistas que se pretendem donos da verdade, como se ela existisse, e com V maiúsculo. Estou carregando esse livro na bolsa para onde quer que eu vá, nas últimas semanas. Aonde chego, saco logo um poema e tudo fica mais leve em meio ao peso de toda a vida. Isso só me deixa mais fã de Leminski. Por isso não dá pra ler essa besteira e não sentir náusea: “Por tudo isso é aconselhável alguma moderação, no lugar do entusiasmo tiete (que não pensa nem acrescenta nada), ao se avaliar a obra poética de Leminski”. Honestamente: danem-se as avaliações, as moderações e os conselhos, Sr. Crítico! Vamos ler (e tentar fazer) poesia que é melhor!
Leminski parece ser o poeta ideal para os tempos atuais de grande pressa e necessidade de informação rápida. Vale refletir até onde Leminski nos faz refletir (principalmente acerca da língua e da linguagem). Gostaria muito de verouvir um debate (presencial e/ou virtual) em Natal acerca da poesia desse curioso escritor. Afinal, aqui temos até dia comemorativo de escritores estrangeiros. Por que não debatermos sobre um curitibano/polaco? Estou disposto a participar. Atenção, senhores professores, façamos um debate sobre “A Poesia de Leminski no Século XXI”!!!
Leminski é irregular mas escreveu muitos poemas de qualidade, é claro. Destaco também a prosa de Catatau, pouco discutida mas de grande interesse.
Gostei do texto. Desmistifica Leminski, mas mostra o quanto os seus escritos são criativos e a sua leitura é saborosa. Estou adorando o livro, mas reconheço suas eventuais fraquezas. Leminski pode não estar à altura de Drummond, mas tem uma inegável importância na Literatura Brasileira. Já a senhora Alice Ruiz….