25 anos sem Zila
Hoje (13) faz 25 anos da morte da poeta Zila Mamede. A família mandou celebrar e convida para uma celebração eucarística às 17 horas na Igreja do Bom Jesus das Dores, na Ribeira.
A bibliotecária e amiga de Zila, Gildete Moura, incansável na luta pela memória da poeta, enviou-me por e-mail o seguinte pedido:
“Tácito,
Solicito que no dia 13 dez. 2010 publique no nosso SUBSTANTIVO PURAL: UM SONETO APÓCRIFO e os Índices dos Poemas e Primeiros versos, com paginação remetendo para Navegos/ A Herança – Edufrn, 2003”.
Além disso, pediu ao poeta Jarbas Martins um texto sobre “Um Soneto Apócrifo”, que segue abaixo. No final do post, publicamos, em PDF (conforme enviado) índice dos títulos dos poemas e dos primeiros versos com paginação remetendo para Navegos / A Herança, de Zila, importantíssimo levantamento realizado pela devotada Gildete.
Com isso, prestamos nossa homenagem àquela que é considerada uma das mais importantes poetas do Rio Grande do Norte.
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UM SONETO APÓCRIFO
Por Jarbas Martins
“A revista virtual Agulha, blog voltado para a publicação de textos literários, publicou recentemente um poema (“Soneto da Espera”) atribuído a Zila Mamede. Estudioso dessa forma poética, e sua incidência na nossa literatura, tendo uma obra publicada sobre o tema (“14 versus 14”, Editora Boágua, Natal, 1994), reconheci, numa rápida análise comparativa, as diferenças, de ordem estilística, que separam o “Soneto da Espera” da riqueza e do apuro formal que marcam a sonetística de ZM. Em comum, encontrei apenas o uso do decassílabo sem rimas, muito utilizado por nossa poeta. Deduzi que o referido poema poderia ser uma obra apócrifa.
Consultando duas obras de Zila (“Navegos”, Editora Vegas, Belo Horizonte, 1978; e “Navegos/A Herança”, Edufrn, Natal (RN), 2003) verifiquei que minhas suspeitas tinham procedência: em nenhuma das obras encontrava-se o “Soneto da Espera”. Não satisfeito com minha pesquisa, consultei Gildete Moura de Figueirêdo, autora de uma cronologia e de vários trabalhos biobibliográficos sobre a nossa poeta maior. Em resposta, recebi da bibliotecária os Índices dos títulos dos poemas e dos primeiros versos de toda a produção de ZM, publicada em livro. Esse percuciente trabalho, de um profissional da Biblioteconomia, foi quem me deu, em tempo hábil, a certeza que o poema em questão, é de fato, uma obra apócrifa.”
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ÍNDICE DOS TÍTULOS DOS POEMAS DE ZILA
Por Gildete Moura
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