Anchieta Rolim
ANCHIETA ROLIM nasceu em Areia Branca, RN, em 1962. Artista Plástico, Escultor e Poeta. Lançou três livros de Poesia. “Agonia” (2005), pela Fundação Guimarães Duque, “Contagem Regressiva” (2013), pela editora Sarau da Letras e “Simbiose” (2016), pela editora Sarau da Letras. Participou de duas Antologias de Contos. Pela “Editora Delicata” (SP) e “Revista de Contos Cruviana” (RN), Editora Sarau das Letras. Criou a Antologia Poética Virtual no Facebook, “Poemas de Amigos”, reunindo 33 poemas de poetas iniciantes, intercalados com poemas de poetas renomados. Criou em Areia Branca o projeto “Leitura Livre”, que tem como objetivo levar leitura grátis para todos. Atualmente está com dois projetos paralelos em andamento. Um livro individual de Contos e outro de Poesia.
Emal: atelieafronteira@yahoo.com.br
link da antologia virtual para o facebook “Poemas de Amigos”: https://olavosaldanha.files.wordpress.com/2013/10/amigos-ebook.pdf
*********
POETAS E POEMAS
O poema
É uma farsa
Uma droga
É malogro!
Só serve
Para empregar enganos
Escarnecer
perturbar
Hipócritas e falsos
São os poetas
Manipuláveis
São os leitores
Livros empoeirados
textos ultrapassados
Já não dizem mais nada
tudo é obsoleto
Assim é o poema
Eu, antipoeta e iletrado
Sou preso deliberadamente
A essa epopeia.
VENENO
Envenenado
Pelo pecado
Cheiro, fodo
Injeto e fumo
Abençoado
Pela vida
Fico dopado
Enveneno o mundo
Sem sentir a ferida
Escorro o sangue
Desse eu profundo
EU
Antecipo a dor
Para que ela me sinta
Um dia
Podem apostar
Eu matarei
A morte.
ÚLTIMA SINFONIA
Sinto catinga de pólvora no ar
E de carne no chão
ENXOFRE!
Tempos sombrios
Que há muito anunciavam
O sangue lavando as ruas
Desemboca nos esgotos
SUJEIRA HUMANA!
Gritos
De desespero e dor
Ecoando na imensidão
Sinfonia macabra
Acompanhada pelo coral
Desafinado das carpideiras.
ÚLTIMO DIA
Alço voo em busca do sol
O que menos importa
É a temperatura
Vou destruí-lo
Queimar-me?
Mais quente
É o lugar
De onde venho!
Cuspo fogo
Labaredas
Vou deixando
Pelo caminho
Derreto aço
Como e fumo brasa
Queimo
O inferno
Sou o caos
O ódio
É meu combustível
Tentem apaga-lo
E conhecerão
Uma fúria
Muito pior
Que a minha.
Esses foram os comentários da época em que foi postado. (apenas para registro)
Georja Queiroz
9 maio, 2016 at 10:31
Rolim, é um Poeta marcado pela maneira forte e visceral de escrever. Como bem disse o poeta, José Saddock: “A poesia de Rolim, começa onde acaba o céu.” Parabéns!
José Saddock
9 maio, 2016 at 11:13
Tive a honra de prefaciar o livro SIMBIOSE de ANCHIETA ROLIM – Neste livro, mais do que nos outros, o POETA faz da pena uma espada e da poesia um grito. Parabéns, POETA!
Oreny Junior Oreny Júnior
9 maio, 2016 at 16:22
A poesia de Anchieta Rolim é uma pandemia, que afugenta roedores da roupa do povo. Parabéns, meu amigo, você é MASSA!!!!!
Pedro Pereira
9 maio, 2016 at 16:38
O poeta e amigo Anchieta Rolim escreve em erupção de sentimentos fazendo nascer palavras que retrate o homem e seu tempo, preocupando-se com a civilização e o progresso.
Danclads Lins de Andrade
9 maio, 2016 at 21:42
Em cada verso, uma porrada; em cada poema, uma explosão. Os poemas anchietanos são visceralmente fortes e coloca o dedo na ferida.
Parabéns, Poeta!
José de Castro
9 maio, 2016 at 22:42
Um grito que não se desespera e cospe fogo, corta, calcina e fala das dores de cada um de nós. Salve poeta, Anchieta Rolim, que abre magistralmente a seção de poesias do Substantivo Plural.
Anchieta Rolim Anchieta Rolim
10 maio, 2016 at 07:29
Agradeço aos nobres amigos pelos comentários… Sintam -se todos por mim abraçados!