Aqui: possível universo
Prezado Sérgio Vilar:
Seu texto sobre Literatura potiguar tem o grande mérito de colocar uma problemática para a leitura de nossos textos: o local pode ser universal, nem sempre o é, às vezes realiza essa possibilidade. Certamente, a incorporação dos livros de Marize e Tarcísio ampliaria ainda mais a reflexão diante da alta qualidade alcançada por ambos. E o registro do patamar excepcional da poesia de Diva Cunha é muito feliz.
Insisto sobre um detalhe no sucesso editorial do RN/2009: ressalvados os méritos das editoras privadas, a editora da UFRN é uma instituição pública, a morosidade de congêneres municipais e estaduais não deve contribuir para obscurecer a capacidade daquela editora unviersitária federal.
Quero destacar ainda como grande mérito de seu texto o realce ao necessário diálogo entre Literatura e o tempo de seu fazer. É claro que, numa alta elaboração literária, como ocorreu em Diva, esse diálogo é sutilmente mediatizado e remetido a múltiplos tempos. Mas a melhor Literatura sempre marca o tempo que a marca.
Abraços: