cacto
A flor do cacto/ nasce sobre a pedra. Quem é mais dura? / A pedra ou a flor?!
A pedra por baixo/ por cima a flor. Quem tá por baixo? A flor ou a pedra?!
A flor de tão frágil morre primeiro. Quem é mais bela? A que dura mais?!
Isso é poesia? Não sei./ Nunca fui gênio/ nem preso na lâmpada.
Nem impetrei habeas-corpus a Aladim./ Só pra rimar vou pro Alecrim!
Você escreveu, Marcos, faz tempo, que o leitor reescreve o texto. Foi o que você fez agora. Eu nem havia notado essa onomatopeia. Valeu pelo comentário e a lembrança do poeta Saddock dos tempos do CPU. Abração pros dois. Poetas, subam a Serra que aqui tem bóia, birita e tipóia.
Gostei da onomatopéia de François: kakakakakakaka (pra Cacto). Viva a escrita em suas diferenças!
Caríssimo François. Também estava brincando… Sei o quanto você é generoso… Lembro-me de suas aulas no velho CPU… Diga-me o Bar, e ai sim, podemos duelar. Kakakakaka… Abraços. Saddock.
Kakakakakakaka…ótimo. Seu texto é poesia. O meu é gozação.
A educação pela pedra
é coisa que se impõe:
seja ela pedra-vaso, pedra-decoração,
que por sua resistência ampare a flor do Sertão;
seja pedra-móvel, pedra-roladeira,
que quando está na ladeira
confunde quem a descreve;
seja mesmo pedra-túmulo, pedra-dura-de-morrer,
que dure mais que a flor que lhe viu, talvez, nascer;
seja ela pedra-lâmpada, pedra-de-fogo-polida,
cujo gênio não precise fazer nenhuma despedida
para dizer que rimar é coisa obsoleta.
Só pra rimar não falei da borboleta.