Entrevista: Moacy Cirne – O MENINO DO GIBI
Por Roberto Homem, Roberto Fontes e Abimael Silva
Professor, jornalista, poeta, artista visual, escritor, especialista em cinema e quadrinhos, um dos fundadores do poema-processo, aposentado… Abimael Silva, do Sebo Vermelho, participou da entrevista quando o tema foi Chico Doido de Caicó.
Lembrete: pequeno vacilo de memória, amigo Moacy Cirne (coisa natural).Quem quiser pesquisar a coluna “O MUNDO E NÓS”, de Moacy Cirne e Paulo de Tarso, na “Tribuna do Norte”, vá direto aos anos de 1961, 1962… Trabalhei durante essa época nesse jornal.Além do mais auxiliei, com depoimentos, a alunos que estão pesquisando sua vida e obra na UFRN, o que me obrigou a reavivar minha também vacilante memória.Abração, Moa.
Bela entrevista, velho Moa. Parabéns aos entrevistadores. O título, então, é de uma ternura…Algo que sempre esteve indelevelmente marcado em tua carne. Pena que tenha ficado de fora (outra cicatriz em teu corpo de cangaceiro seridoense) a Política. Isto eu sei: nunca renegaste a tua arte politicamente engajada. Há poucos dias falávamos sobre isso, por telefone, e ainda mantinhas viva a tua crença, nos destinos do PT, mesmo com a prisão de José Dirceu, um heróico líder de nossa geração.Onde as referências ao manifesto “Por uma poesia formal e tematicamente revolucionária”, lançado quando fazíamos parte do grupo DÉS – você, Juliano Siqueira, Anchieta Fernandes, Ribamar Gurgel,Fernando Pimenta João Charlier e Dailor Varela? Onde o teu passado de trotskista? Bem sei, velho Moa, uma entrevista, por melhor que seja, é feita de lacunas.Aos leitores nunca é dado a oportunidade do entrevistado se expor, se desnudar, tocar em coisas tão difíceis de entender como este momento histórico brasileiro.Abraços, extensivos aos competentes entrevistadores.E parabéns ao editor do SP,Tácito Costa, pela publicação desta matéria de interesse geral.