Escritor potiguar lança campanha para financiar livro
Escritor potiguar Guilherme Mateus lança “Nos tópicos, o coração corta facas”, com versos que passeiam entre potências afetivas, sentimentos polarizados do amor e da raiva, separados ou aproximados pela linha imaginária da saudade.
Poeta e artista visual, Guilherme Mateus apresenta enfrenta o cenário de isolamento social provocado pelo Coronavírus com dificuldades para manter suas atividades através de trabalhos online.
Por isso, o Escritor potiguar lança a campanha de financiamento coletivo (segue até dia 05 de outubro) para garantir o manutenção de suas obras.
Para adquirir o livro, os contato são via e-mail: @guimmfo e guimmf@hotmail.com
Sobre as motivações do trabalho de estreia, o autor diz:
“Recentemente o mundo se encolheu nas casas e no medo. Pensei muito sobre isso. Pensei nos dias, nas noites, na efemeridade, na ordem, no caos, no amor, na raiva, na saudade. Como tudo está aceso e de repente pode se apagar. Se valeria a pena continuar silenciando e escondendo o meu material. Eu precisava de “coragem, amor, coragem”, como li de um muro por aí, e alguma mão que segurasse a minha no parto”.
Sobre Guilherme Mateus

Guilherme Mateus é potiguar, nascido em Alexandria, em dezembro de 1994. Graduado em letras pela UERN; mestrando em literatura comparada pela UFRN/PPgEL. Cria narrativas pela palavra, fotografia e a pintura.
“Nos tópicos, o coração corta facas ” é o primeiro trabalho em livro de Guilherme, tem direção de arte da artista visual Rita Machado; capa e imagens do autor, editado pela offset editora, está em pré-venda no site da vakinha online: vaka.me/11260981
Poema “Nos trópicos, o coração corta facas”:
eu não sei costurar
a saudade que tenho de você
simplesmente porque
ainda não me adaptei
ao tecido mole dela
e fico perdendo os dedos derrapantes
e a linha pela conjuntura
não sei dar nó simples, nem fechar um ponto.
eu não sei o que fazer disso
desse intervalo de silêncio
entre você e eu:
dois pontos soltos
em um pequeno tecido-mapa.
e por quase pouco
odeio você grandemente exaustivamente
por não me dar resposta ou instrução
que me faz ficar assim
pensando
se nos levo à costureira,
ou se tento
numa máquina de retalhar corações
como um autodidata
a costurar a minha própria saudade
feita de você”.
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