Horizonte
Meu relógio quebrou, caiu.
Partiu-se ao meio…
Não sei quanto tempo falta ou resta,
Para que ou para quando…
Resta o horizonte,
Minha bússola é meu tempo.
(Ednar Andrade).
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O cão encadernado
Da Mata, querido, também sinto saudades, viu?
O referido é verdade e dou fé!
PS: troca logo a foto; a do face ficou linda!
Anne, querida meu desejo é abraçar a todos. Mas, com quantos abraços poderemos contar? Rsrs… Beijos, Lilás, faremos contato. Pretendo ir quinta e sexta.
Até lá.
Obrigada, Anchieta Rolim pela leitura autêntica da minha bússola que nem chega a ser poema…Rsrs… Mas, como o tempo parou na minha cabeça, ando atrasada e sem tempo.
Abraço,poeta!
Simplesmente maravilhoso Ednar. “… Minha bússola é meu tempo.” Massa!!! Parabéns!!! É bom estar de volta e logo de cara encontar esses três belos poemas: EU TE AMO, MANHÃ e HORIZONTE.
“Resta o horizonte…..” é divino.
Traz uma sensação de que nada é mais confortante do que isso.
Gostei do poema objetivo e claro, vale mil interpretações.
Ednar Andrade a saudade mora aqui também neste meu peito gris
e se a sua saudade tem a cor que veste sua alma, anil, cor que amo e celebro sempre, a minha já é roxa, além do tom suave que me dedica.
Nosso dia, de mãos dadas e risos e amigos – e tudo que nos ilumina a face há de chegar – que seja no Flipipa ou em outro cantinho especial, viveremos momentos de alegrias junto aos corações que também nos querem bem.
Beijos ternos ao nosso editor querido, a Danclads, a Marcos, Jarbas, Lívio, Da Mata, Denise, Tãnia, Nina, Oreny, Romana e tantos mais que semeiam amor.
🙂
Marcos, lindo, mande para o meu e-mail o teu horário de chegada no Aeroporto Augusto Severo, pois dependendo do horário te encontrarei no aeroporto e te levarei para Pipa. Estou aqui vendo uma possibilidade de uma casa lá.
Uau, será p’ra lá de ótimo.
Meu vôo está previsto para a noite do dia 17. Se houver transporte direto, seguirei para Pipa.
Abraços>
Anne Guimarães, minha amiga lilás, por onde andas? Estou anilllllllllllllllllllllllllll de saudades de ti.
PS: Já estou bem, estou com saúde. Desta vez serei bem presente. Recuperei a voz. Quem sabe, faremos aquele coral outra vez… Rsrsrs…
Atenção, atenção Da Mata, saudoso amigo: estás sendo intimado a comparecer á FLIPIPA, onde faremos uma cantoria. Desta vez com minha voz recuperada. Abraço, Tácito, abraços todos.
Cheia de saudades.
Obrigada, querido, pelo enxerimento. Vindo de ti, só podem ser verdadeiros os sorrisos e os comentários.
Que FLIPIPA nos acuda, urgente, urgentíssimo!
Té lá sim, querido, onde todos seremos poesia.
Agradeço também as pérolas enviadas.
Tu podes fazer o que quiser dos meus humildes versos, pois poesia sem par é ter-te como amigo.
Saudades todas. Todos queremos te abraçar mais uma vez.
OS RELÓGIOS
(Joel Carvalho e Marcos Silva)
Eu tenho dezessetes anos
Nesta aventura de inventar o mundo.
Estamos conversando coisas:
O tempo passa
E estamos conversando coisas.
Que horas?
Eles não sabem bem em que tempo estão.
Não sei se estou adiantado
Ou se eles muito atrasados.
Que horas? (Não sei.)
O adiantamento implica em coisas,
Implica em vidas e vidas e em tantas outras vidas.
Que horas? (4:35. 15 pras 10 ; 16:20)
Eu tenho 24 horas
Mas ainda é pouco p’ra inventar o mundo.
Estamos conservando nada
Mas ainda é muito p’ra inventar o mundo.
O sol é de pedra, o céu é vermelho
E pensa-se não saber, ô, yé!
Em que horas nós mil estamos.
Nós sabemos – ô, ô, yé!
Todos conversam nas ruas,
Desfilam nas ruas,
Ninguém me dá bola
E as ruas se fecham.
Todos perderam um emprego,
Ganharam um amor
Ou seguiram sem jeito.
Que horas? (2:15)
Não sei estamos muito adiantados
Ou se eles muito atrasados.
Mas nós sabemos – ô yé!
Nós sabemos –ô yé!
Mas nós sabemos –ô, yé,
Nós sabemos!
O sol se endurece e eu mudo,
Nós mudamos, tudo muda
Mas eles vão assim, sem pensar,
A sorrir, a falar, sem pensar.
Mas eles vão assim, sem pensar,
A sorrir, a falar, sem pensar.
Mas nós sabemos – ô yé!
Nós sabemos –ô yé!
Mas nós sabemos –ô, yé,
Nós sabemos!
O relógio
(Mutantes)
Meu relógio parou
Desistiu para sempre de ser
Antimagnético, 22 rubis
Eu dei corda e pensei
Que o relógio iria viver
Pra dizer a hora de você chegar
Não andou e eu chorei
Dos ponteiros parados a rir
São à prova d’água
Que vantagem eu levei?
Em ter um relógio
Que é suíço ou inglês
Sem andar
A hora que você vai chegar
E no mar me atirei
Com o relógio nas mãos e pensei
Ele é à prova d’água
22 rubis
Ednar:
Imagens fortes. Como sou metido, li o poema assim:
Meu relógio quebrou, caiu, partiu-se
ao meio.
Não sei quanto tempo falta
para que ou para quando.
Resta o horizonte,
bússola é meu tempo.
Sou enxerido porque gosto de vc. E de seu poema.
Beijão, até o FLIPIPA