Marcelus Bob
Marcelus Bob me comoveu hoje.
Um dos maiores artistas plásticos (não gosta da expressão “artista visual”) deste país, aos 60 anos, falou-me amorosamente sobre o seu pai e a sua mãe, lembrando de frases e fases de ambos.
Com seu pai, aprendeu a misturar as cores e tintas.
Da mãe recebeu o conselho: “Meu filho, sempre que você vir algo bonito, faça o registro.”
Também me contou sobre o amor aos filhos e netos.
E do amor e desamor e “reamor” às mulheres tantas com as quais conviveu.
E a paixão pela ARTE.
O que ainda me deixou sensibilizado foi saber de sua forte ligação com o bairro de Mãe Luíza. Disse-me que jamais renunciaria a tanta natureza: “De um lado, o mar e as suas sereias e seres oceânicos; do outro, as dunas e floresta, com seus animais e também seres mitológicos.”
Marcelus mora numa casa de número 8.
Um 8 deitado é o infinito.
{Fotos: Lívio Oliveira. Clique na foto para ampliar}
” – E aí, Marcelus! Não conseguiu vender o quadro?
– Ela que não conseguiu comprá-lo.”
Levanta e sacode a poeira! Mas e o rock and peace, Lívio?