“No silêncio incriminador da madrugada o vinho aquece as almas desoladas”, de Renata Marinho
no silêncio incriminador da madrugada o vinho aquece as almas desoladas
dá segurança aos fracos e infla os egos vazios.
bebo meu vinho e vejo séries
na esperança de não ficar sozinha.
enquanto o sono não me alcança
tento esquecer minhas culpas
mas a solidão brinca com minhas ideias – torna-as sarcásticas e acusatórias.
escuto a lua se mover
contando as horas que tenho para dormir.
ansiando o nascer do dia para ir para o mar:
me deixar lavar, me deixar levar, me deixar esvaziar.
Comentários