O meu rio
Rio Potengi
“Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é o mesmo e homem muda”. Heráclito
O rio faz parte da civilização
Nas suas margens nasce a cidade
Assim foi com o potengi
Onde habitavam os potiguaras.
No potengi cresci, brinquei e me banhei
Matei a sede e naveguei
Da cacimba tirava água que
transportava em latas
Dos trapiches dava bunda-canastra
Nos tempos da meninice
Jogava bola nos mangues
Juntinho dos manguezais
Tempos que não voltam mais.
No caís da Tavares de Lyra
A balsa para o outro lado
Ir a nado nem pensar
Meninos pulavam e nadavam
Quais aves ribeirinhas
E eu rio à toa do cheiro
Das lembranças e do peixe
que ia pescar com meu pai
Eram bagres nada mais.
Algumas vezes tinha que atravessar
a velha ponte de ferro.
A passarela muito estreitinha
às vezes a tábua movia
Como eu sofria
Debaixo a água sorria
Tempos depois rapazinho,
Ver o por do sol
na pedra do rosário
Namorar não podia
pois era uma lugar sagrado
Rio você foi minha vida
meu sustento
minha alegria
Potengi, como gosto de ti
Comentários