Para o poeta Alfredo Neves, na dor
Certas coisas, Alfredo, são difíceis de dizer
Há sempre um golpe entre nós
Aplicado pela dor
Mas não devemos zombar das estrelas
Pois não esperamos a noite em vão
Está na sequência do ser o degrau mais alto
E, ao contrário, talvez quem ali se encontre
À nossa espera seja a maior das verdades
Que a todos felizes ou infelizes acolhe
A fiel esperança a superação
A que aspiram os corações partidos
O fim das coisas finitas
O fim do fim
O termo extremo
Onde acabam a solidão
E a morte que surpreende o solitário
Mas não impede o destino do ser
À restauração na Vida
Seu retorno à casa paterna
Sua adesão à noite e às estrelas
Manto de unidade e luz
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