A solidão das coisas
Uma árvore pode esconder uma coisa,
fazê-la desaparecer para sempre,
e nunca mais revelar a sua existência;
sequer de modo imaginário,
como uma realidade que deixou de ser humana,
uma possibilidade segregada em si mesma,
longe dos olhos, esquecida.
E assim até o infinito,
porque a coisa não é mais coisa,
mas uma parte da árvore entregue à solidão,
à sombra, talvez, de outra coisa…
que também virou vegetação.
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