Soneto de infância
Um colar de ceroto no pescoço,
Um chinelo c’um prego na correia,
Uma vaca de pau, outra de osso,
Uma bola de saco, pano e meia.
“Quick” ao leite quentinho de manhã…
A garrafa de bila quase cheia,
Um cascudo que dei na minha irmã,
Mas mãe soube depois e tome peia.
As cocadas de dona bacurau,
Um enxame de abelha na janela
E as pedradas que eu dava só de ruim,
Um dindin de banana com nescau,
Bicicleta sem freio na banguela,
Minha infância todinha foi assim…
Comentários